Creme desodorizante natural

Eu estou rendida… E já convenci muitos outros ao meu redor!

É natural… sem químicos desnecessários, protege e hidrata a nossa pele e é altamente eficaz!

Mas vamos ao começo, sabes porque cheiramos mal?

Por muitas razões, o nosso corpo precisa de expelir todas as toxinas que vai acumulando e uma das vias é através da transpiração.

E muitas vezes cheiramos mal, sim! Mas porquê? Na verdade, não é o facto de transpirarmos que causa o mau odor mas sim as bactérias presentes nas axilas. 

Existem inúmeras razões para que as bactérias decidam ocupar as nossas axilas. É que assim têm uma casinha pouco iluminada, quentinha, cheia de toxinas, pouco arejada e o ambiente ácido – tudo o que precisam para crescer e se desenvolverem saudáveis e bonitas!

Portanto, transpirar é vital e saudável! Cheirar mal é que só acontece quando criamos um lugar favorável à criação de bactérias e seus subprodutos.

E daqui podemos também tirar uma conclusão: se o nosso corpo se encontra ácido, com altos níveis de toxinas e com pouco oxigénio é normal que haja um processo muito mais forte de expulsão e mais toxinas sejam acumuladas nesses pontos. Logo… mais bactérias se desenvolvem e instalam nas nossas axilas… logo… não vamos cheirar muito bem ;)

Transpirar é fundamental e usar anti-transpirantes (vulgarmente chamados de desodorizantes) é o pior que podemos fazer! Estamos bloquear os canais de eliminação de toxinas do nosso corpo, estamos a obrigar o nosso organismo a acumular substâncias nocivas ao seu bom funcionamento… logo teremos, obviamente, menos saúde.

Além disso, para combater a transpiração, as indústrias usam substâncias químicas extremamente perigosas que podem causar foliculite, disfunções endócrinas e até cancro da mama!

Não acreditas? Então veja o rótulo dos seus desodorizantes. Se contiver:

• “aluminium” – agente responsável por criar uma barreira que impede a transpiração, deixando as axilas secas. Este químico está relacionado com o cancro da mama. Vários estudos encontraram altos níveis de alumínio nos tecidos mamários em que as maiores concentrações se encontravam na zona do peito próxima das axilas, na qual geralmente se aplica os desodorizantes. O alumínio está também lrelacionado a problemas de infertilidade, alergias, irritações, problemas de toxicidade em diferentes órgãos vitais e Alzheimer.
• “parabenos” (disfarçados em prefixos como: methyl, ethyl, propyl, benzyl, butyl) - Conservantes sintéticos usados na maioria dos produtos de corpo e que são facilmente absorvidos pela pele (deve ser raro encontrar um único produto nos supermercados convencionais que não contenha parabenos). Estes conservantes desequilibram o sistema hormonal e estão associados a deficiências congénitas e toxicidade no organismo.
• “propylene glycol” – É um material composto por derivados do petróleo e utilizado como humidificantes. É conhecido como causador de reacções alérgicas, urticária e eczemas. 

Ou seja, até aqui já conseguimos perceber que o alumínio é utilizado para impedir a transpiração e deixar as axilas secas… mas depois utiliza-se o propileno glicol para humedecer a pele! Não soa a estranho? 

Mas temos mais:

• “ftalatos” - Composto químico que está provado ser carcinogénico. Níveis altos, desta substância, no sangue e urina estão relacionados com diversos problemas de rins, pulmões, fígado e sistema reprodutivo. Os ftalatos podem provocar mutações celulares e desequilíbrios no sistema hormonal.
• “triclosan” – Está classificado pela FDA como sendo um “pesticida”. Um estudo realizado em 2012 demonstrou que esta substância enfraquece as células, sendo considerado um carcinogénico e disruptor hormonal
• “lauriléter Sulfato De Sódio” - Um detergente muito agressivo para a pele mas muito barato para as industrias. É utilizado na maioria das pastas dentífricas, shampoos, sabonetes, pela sua capacidade de fazer espuma. Está relacionado com doenças renais, hepáticas e nervosas. Nomes alternativos: Steol-130, 230, 270, 330, 370 or 460; Stepanol; Alkyl Ether Sulfate; Sodium POE(2) Lauryl Ether Sulfate; Sodium; Diethylene glycol Lauryl Ether Sulfate; Sodium Lauryl Ether Sulfate.

Bem… se chegaste até aqui então quer dizer que estás realmente interessado em conhecer as alternativas à utilização diária destes produtos. Vamos lá:

- Devemos ter bons hábitos de higiene;

- A nossa saúde começa por aquilo que ingerimos por isso devemos ter atenção aos alimentos que comemos. Quanto mais toxinas contiverem os alimentos que escolhemos mais trabalho vai ter o corpo para se libertar delas… logo mais ambiente tóxico e ácido… logo mais bactérias… Éfundamental cultivar bons hábitos de alimentação e evitar todos os produtos que possam levar toxinas para dentro do nosso corpo, principalmente os processados e as gorduras hidrogenadas.

- Usar roupa de algodão confortável para que a pele possa respirar livremente;

- Usar desodorizantes naturais:

Desde há algum tempo que ando a experimentar e a ler os rótulos de dezenas de marcas de desodorizantes. Aqueles que se vendem nos supermercados convencionais e farmácias… bem… não há um que não contenha todos os produtos que referi acima. Depois há os vendidos nas lojas de produtos naturais. Aqui já encontramos alguns sem parabenos, por exemplo. Mas se pretenderem mesmo saber o que estão a usar leiam sempre o rótulo. E mesmo nesses vão encontrar alguns dos produtos que nos são prejudiciais.

Mas podemos sim usar desodorizantes realmente naturais. Um dos exemplos é o cristal de alumen – que neutraliza o odor corporal permitindo também o corpo respirar e transpirar. Existe à venda em quase todas as lojas de produtos naturais.

Outras alternativas são os cremes à base de óleos vegetais, bicarbonato de sódio e óleos essenciais biológicos cuidadamente escolhidos. 

Eu fiz o meu e estou a adorar. É um creme muito suave. No início andava sempre a levantar os braços para ver se cheirava mal (eheh). Mas não! Resulta bem, não contém aquela parafernália de substâncias e livrei-me de mais um produto de higiene produzido industrialmente.

Se se quiserem aventurar aqui fica uma receita base de desodorizante natural:

3 colheres de sopa de amido de milho (maizena);

3 colheres de sopa de bicarbonato de sódio;

3 colheres de sopa de óleo de coco

5 gotas de óleo essencial de árvore do chá

10 gotas de outros óleos essenciais com propriedades antibacterianas e antifúngicas (poderá ser por exemplo alfazema, eucalipto, menta ou sândalo)

1 colher de óleo de vitamina E (opcional)

Basta misturar bem todos os ingredientes até obter uma textura cremosa. Pode acrescentar-se mais ou menos óleo de coco até obter uma textura ideal a gosto. E depois colocar em frascos devidamente esterilizados. Deve ser mantido num local fresco. Uma vez que o óleo de coco à temperatura ambiente ou mais quente derrete poderá verificar-se uma textura mais liquida. Não tem qualquer problema, basta misturar novamente com uma colher e aplicar. 

Eu estou rendida a este milagroso creme desodorizante!