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Aqui solto os meus pós mágicos que se espalham entre bolinhas de sabão...




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Segundo alguns historiadores o processo artesanal e uso do sabão artesanal são conhecidos há mais de 2.500 anos. Na Roma antiga apreciava-se muito os diferentes e perfumados tipos de sabões nas termas e banhos de beleza. Mas com a queda do Império Romano ninguém mais ouviu falar de tal produto. O sabão só veio a reaparecer no século IX na cidade de Savona, Itália (eis aí a origem de seu nome), mas era usado apenas pelos nobres. A difusão em larga escala do sabão só veio a ocorrer cerca de dez séculos depois. No entanto, e com a Revolução Industrial, chegou o sabão em pó, os detergentes, a migração de pessoas da zona rural para as grandes cidades e o ritmo de vida que hoje conhecemos. Assim, o processo de produzir sabão natural caiu em desuso e esquecimento. Assim, porquê usar sabão artesanal hoje em dia? Porque sim... porque faz sentido... É uma opção como outra qualquer, no entanto esta é uma opção sustentável. A maior parte dos produtos de higiene e limpeza que utilizamos estão impregnados de produtos químicos artificiais que vão penetrar no nosso corpo através da pele ou do olfacto. Hoje em dia, no frenesim das vidas citadinas e do corrente "não tenho tempo para nada" é fácil comprar o que quer que seja. Tudo é feito à medida das "nossas" necessidades". Ou será que criam as nossas necessidades e facilitam a sua satisfação? Enfim... De facto, nos supermercados ou outras lojas de produtos de higiene existem mil e uma forma e cheiros e texturas de sabonetes, sabões, sais, geis de banho, entre tantas outras coisas. Mas estes produtos não são verdadeiros sabões, nem produtos naturais, mas sim detergentes criados a partir de materiais derivados do petróleo ou produtos químicos artificiais processados. Existem, sim, outros tipos de sabões que contêm ingredientes encontrados na natureza, mas que são radicalmente transformados por processos industriais complexos. Estes produtos poucas semelhanças têm com o sabão fabricado através dos tempos. Assim, nesta minha nova aventura proponho-me resgatar a sabedoria ancestral do processo artesanal de fabricação de sabão natural e outros produtos de beleza. Para além de ter o prazer de utilizar um produto em que depositei o meu tempo, a minha imaginação e a minha fé (sim, porque até ele aparecer feito é sempre uma surpresa) sei que estou a contribuir para a minha saúde, beleza e para um mundo mais verde e mais sustentável. E claro que conto com o apoio imprescindível do meu braço direito que passa horas a bater e mexer a massa de sabão, que me dá ideias e contribui com a parte técnica e artística do processo. Mas, mais que tudo, que sempre acreditou desde o momento em que lhe disse: vamos fazer sabão?


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